Desde que assumiu o comando do Executivo de Mucuri em 1º de janeiro de 2021, o prefeito Roberto Figueiredo Costa ‘Robertinho’ (DEM), alega uma série de transtornos causados por falta de informações e documentos negados pela administração anterior.
Um dos maiores gargalos, segundo Robertinho, foram os atrasos na folha de pagamento dos servidores públicos municipais de dezembro e do 13º salário nos meses de outubro, novembro e dezembro. A gestão atual ainda alega atrasos no plano de saúde do servidor, o desconto e não pagamento de empréstimos consignados, além de uma dívida milionária com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). “Somente para que os cidadãos tenham uma ideia, o gestor que me antecedeu descontou todos os meses de 2020 o INSS do servidor e não pagou um centavo sequer ao órgão”, fala.
E na manhã desta quinta-feira, 21 de janeiro, aconteceu na sala de comissões da Câmara de Mucuri, uma reunião envolvendo os 13 vereadores do município e representantes das administrações anterior e atual, que fizeram parte da comissão de transição. Representando o prefeito Roberto Figueiredo estiveram presentes o bioquímico Fernando Jardim e o advogado Robson Carlos, atuais secretário de Saúde e chefe de Gabinete, respectivamente.
Ao final da reunião, após debates abertos, inclusive com a participação dos vereadores, foi formalizada uma ata, que entre outras coisas trouxe a entrega por parte dos representantes do governo passado, de cópias da folha de pagamento de dezembro de 2020 e a relação dos servidores que ficaram sem receber o 13º salário.
O advogado Juscelino Mendes de Souza, representante do governo anterior, alegou que a comissão respeitou a resolução do TCM, que entre outras coisas fixa o prazo de 31/01/2021 para a entrega dos respectivos documentos. Já Fernando Jardim, um dos representantes da administração atual, alegou que teve dificuldade de acesso à documentação e a gestão anterior criou impedimentos, gerando grandes transtornos para a própria estrutura administrativa e toda a população.
Cópias
Em relação às cópias da folha de pagamento dos funcionários de dezembro de 2020 e 13º salário dos três últimos meses do ano, que não foram pagos pelo governo de Carlos Simões (PSD), o advogado Robson Carlos, atual chefe de gabinete da Prefeitura de Mucuri, questiona sobre a entrega das cópias, enquanto as originais não foram empenhadas na contabilidade e consequentemente deixadas como restos a pagar. “A Contabilidade pertence ao município e era lá que essas folhas tinham que ser deixadas empenhadas. Até agora só recebemos meras cópias e as originais não sabemos onde andam. Tão logo haja legalidade, a folha será paga em sua totalidade, havendo disponibilidade de receita”, afirmou.
Notificação
Sobre a alegação que o governo passado prestara informações ao Tribunal de Contas dos Municípios, no Diário Oficial Eletrônico do TCM, edição desta quinta-feira, 21 de janeiro, o presidente da Corte, Conselheiro Plínio Carneiro Filho, notifica o ex-prefeito Carlos Simões por não entrega de prestação de contas do mês 11/2020.