Auditores Fiscais do Trabalho resgatam mulher de trabalho escravo doméstico no Sudoeste da Bahia

Em Vitória da Conquista, uma mulher de 52 anos foi resgatada de trabalho doméstico análogo a escravo na sexta-feira, 1° de Abril. A vítima trabalhava há 40 anos para a mesma família sem receber salário. A operação envolveu a Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRTb/BA), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Auditores Fiscais do Trabalho resgatam mulher de trabalho escravo doméstico no Sudoeste da Bahia

O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (SAFITEBA), Mário Diniz, parabenizou os profissionais que participaram da operação e reforçou a importância do trabalho realizado pelos Auditores Fiscais do Trabalho para a garantia do trabalho digno. “Infelizmente, a submissão de pessoas em situação de vulnerabilidade a trabalhos análogos à escravidão acontece em todo o país.  No ano passado, resgatamos 69 trabalhadores aqui na Bahia. É por isso que as ações da Inspeção do Trabalho são fundamentais. Somente com as denúncias e as ações dos auditores, podemos mudar essa triste realidade que persiste no nosso país,” afirma.

Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social indicam que, dos resgatados em todo o Brasil, 42 pessoas estavam em situação de trabalho escravo doméstico. A maioria são meninas e mulheres pobres e ainda jovens, que saem de suas casas em busca de trabalho, perdem a liberdade e a dignidade, submetidas a situações degradantes para sobreviver.

“A escravização da mão de obra é uma triste realidade que ainda persiste em nosso país e que precisamos combater. O trabalho doméstico escravo vitimiza, na maioria das vezes, meninas e mulheres, mas os meninos e homens ou casais também são escravizados, geralmente em casas de veraneio, chácaras ou sítios.” detalha, Mário.

No caso de Vitória da Conquista, a vítima identificada pelas iniciais M. S. S. relatou que começou a trabalhar quando tinha apenas 12 anos. Inicialmente na cidade de Itabuna e, posteriormente, em Vitória da Conquista, sempre para a mesma empregadora, sem nunca ter recebido salário, sob o argumento de que seria da família.

Após o resgate, a vítima foi encaminhada para a residência de seus familiares e receberá três parcelas de um salário mínimo (R$ 1.212) cada, referentes ao Seguro Desemprego do Trabalhador Resgatado. Também fará jus às  verbas rescisórias calculadas em R$ 150 mil pelos Auditores-Fiscais do Trabalho. Conforme Termo de Ajustamento de Conduta firmado no mesmo dia (01/04). pela empregadora, o valor será pago em 30 parcelas.

Estado publica edital para 110 mil vagas de cursos de qualificação profissional do Programa Educar para Trabalhar

Estado publica edital para 110 mil vagas de cursos de qualificação profissional do Programa Educar para Trabalhar

ALBA aprova projeto que aumenta salários de professores do ensino fundamental e médio da rede estadual

ALBA aprova projeto que aumenta salários de professores do ensino fundamental e médio da rede estadual