Um comerciante foi assassinado no portão do seu próprio estabelecimento, na Avenida São Paulo, na região central de Teixeira de Freitas, no início da tarde desta quinta-feira (12/12). O crime aconteceu por volta do meio-dia e meia, quando o comerciante Alex Pereira Ivo, o “Lekão Car”, 39 anos, que conversava com um cliente, foi surpreendido pelo matador e executado a tiros no portão de acesso da sua empresa, um lava-jato, denominado de Centro de Embelezamento Automotivo Lekão Car, situado na movimentadíssima Avenida São Paulo, na região central da cidade.
Conforme o delegado Gean Nascimento, de plantão nesta quinta-feira (12) no NHPP – Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa da 8ª Coordenadoria Regional da Polícia Civil de Teixeira de Freitas, as primeiras informações dão conta que um homem sobre uma motocicleta Honda Biz, cor prata, chegou ao local e, sem hesitação alguma, abriu fogo contra a vítima. Alex ainda tentou se refugiar no interior do estabelecimento, mas foi novamente alcançado pelo atirador, não resistindo aos ferimentos e morreu no local do ataque.
Havia colaboradores trabalhando no momento do crime, mas ninguém mais se feriu. Na fuga o atirador ainda disparou contra um vizinho do lava-jato que encenou em filmar com o celular, mas o tiro não foi certeiro. Os peritos criminais do DPT – Departamento de Polícia Técnica de Teixeira de Freitas realizaram os exames de criminalística no local do evento delitivo e recolheram fragmentos de projéteis de arma de fogo. O corpo do comerciante foi encaminhado ao IML – Instituto Médico Legal para realização dos exames de medicina legal.
O delegado Gean Nascimento, que cuida do caso, informou que tanto a motivação quanto a autoria do crime permanecem desconhecidas. As investigações foram iniciadas e seguem sob sigilo para não comprometer o andamento do caso, embora adiantou, que pela característica dos modos operantes, trata-se de um crime de execução e a polícia judiciária vai precisar trabalhar detalhadamente para conseguir chegar ao autor e aos motivos que levaram a encomenda da morte do comerciante Alex Pereira Ivo, o “Lekão Car”, 39 anos.
Ainda no local do evento delitivo, o delegado Gean Nascimento lamentou o comportamento de populares que atrapalharam por demais o trabalho dos investigadores e dos peritos, pois registraram imagens e as compartilharam nas redes sociais. Um projétil intacto, que deveria ser preservado como evidência, foi manuseado e fotografado por populares antes da chegada dos peritos criminais. E quando a equipe técnica iniciou os trabalhos, o projétil já havia desaparecido, restando apenas fragmentos no local.
O delegado Gean Nascimento reforça que a interferência em cenas de crime não só é uma prática irresponsável como também constitui crime. Essas ações podem comprometer a coleta de provas, dificultando a identificação e responsabilização dos autores do delito. Ele alertou para a necessidade de respeitar o isolamento de locais de crime. Qualquer alteração na cena pode impactar negativamente a investigação, tornando ainda mais desafiador trazer justiça à vítima e à comunidade. A Polícia Militar foi acionada imediatamente e isolou a área do crime até a chegada da Polícia Técnica, mas antes os populares já haviam alterado a cena do crime.