O Diário Oficial da União, edição nº 27, Seção 01, Página 52, que está circulando hoje “terça-feira” (07/02), publicou a Portaria nº 31, do dia 03 de fevereiro de 2023, sob a deliberação do Processo nº 50500.030708/2022-46, que autoriza a reativação da EFBM – Estrada de Ferro Bahia-Minas com a construção e exploração da Ferrovia que volta a ter o seu início no balneário de Ponta de Areia, município de Caravelas e seu ponto final na cidade de Araçuaí, no médio vale Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais. Para a reativação da Ferrovia Bahia-Minas e a criação de quatro novos ramais, como se prevê o plano de expansão, estima-se um investimento no valor de R$ 12,6 bilhões.
Para sua reativação a empresa credenciada para explorar a Ferrovia Bahia-Minas, a “Porto Caravelas MTC Construção e Administração Portuária SPE Ltda”, tem inicialmente um prazo de concessão, previsto para 98 anos de exploração. Conforme a publicação do Governo Federal, em seu Artigo 2º, trata de “após assinatura do Contrato de Adesão pela ANTT – Agência Nacional de Transportes, a MTC – Multimodal Caravelas deverá assinar o referenciado contrato no prazo de 30 dias, sob pena de perda de eficácia da Deliberação e consequente arquivamento do processo.
Conforme o prefeito de Caravelas, Silvio Ramalho (PP), um dos principais precursores deste sonho, o objeto do requerimento da empresa Porto Caravelas MTC Construção e Administração Portuária SPE Ltda., é um importante passo na contemplação dos esforços de quem acreditou em um dos mais ousados projetos de infraestrutura da região baiana da Costa das Baleias e dos vales mineiros do Mucuri, Todos os Santos e Jequitinhonha. De acordo com Silvio Ramalho, todo o projeto está pronto e todo empenho possível do município de Caravelas continua sendo dado, como também das entidades de classe e da empresa MTC, para que esse sonho se torne realidade em um futuro breve.
A Ferrovia Bahia-Minas, sendo reativada, ela voltará a ser a mola propulsora da economia da mesorregião desta tríplice fronteira (Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), partindo do porto de Ponta de Areia em Caravelas até Araçuaí/MG, por um trecho de 578 Km, prevendo o transporte de cargas comerciais, agrícolas, industriais, minério, escoamento da madeira de eucalipto e a exploração do turismo com o transporte de passageiros. O projeto ainda prevê a implementação de dois ramais no leste de Minas: Teófilo Otoni – Governador Valadares (124 Km) e Teófilo-Otoni – Itaobim (158 KM). E mais dois ramais no extremo sul da Bahia: Posto da Mata-Teixeira de Freitas (42,35 Km) e Posto da Mata-Fábrica da Suzano no distrito de Itabatã, no município de Mucuri (21,05), linhas previstas no plano de expansão.
A EFBM – Estrada de Ferro Bahia Minas começou a ser construída em maio de 1881 e suas obras foram concluídas no dia 7 de setembro de 1942 com a chegada do seu ponto final na cidade de Araçuaí, no médio vale do Jequitinhonha com 578 quilômetros de extensão e após 85 anos de existência e com 24 anos funcionando em plenitude, foi extinta definitivamente no dia 31 de maio de 1966. Sua volta, significa a retomada econômica da mesorregião, através da arrecadação de impostos, da circulação de bens de consumo, serviços e o impulsionamento direto da tríplice fronteira da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo
Se prevê que a nova Ferrovia irá trazer grandes alternativas para o transporte de minério, eucalipto, celulose da Suzano de Itabatã em Mucuri e combustíveis, principalmente o etanol produzido pelas usinas sucroalcooleiras Santa Maria, no território de Caravelas e DASA, no município de Serra dos Aimorés. Atualmente se discute somente em Minas Gerais a implantação de 19 projetos já pré-definidos pelo Governo com potencial de serem operados no novo modelo, um investimento estimado em R$ 26,7 bilhões. ENTENDA MELHOR O PROJETO.