Um estudo realizado pelo Super App Gringo, em parceria com Centro de Liderança Pública (CLP), apontou que houve aumento no registro de internações em decorrência dos acidentes no trânsito na Bahia em 2023, comparado com antes da pandemia. Só neste ano, foram 92,3 casos por 100 mil habitantes. As informações são do jornal A Tarde.
“Em 2019, a Bahia tinha 68,74 de internações num grupo de 100 mil habitantes decorrentes de acidentes de trânsito”, pontua Pedro Trippi, coordenador da Inteligência Técnica do CLP.
A Bahia tem uma performance média em questão de morbidade (acidentes que geram internações por ferimentos e agravamento de doenças). O estado está numa posição melhor que Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Mas está pior que Maranhão, Pernambuco e Alagoas. Em termos de mortalidade, o estado performa melhor que Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Maranhão, Paraíba e Piauí. Mas está com índices piores que Ceará e Rio Grande do Norte.
Em 2019, a Bahia era o 5° estado com menor número de morbidades do Brasil, com cerca de 68,7, mas houve aumento nos seguintes. Em 2020, o registro apontou 73,3. Em 2021, 77,4. No ano passado, o índice aumentou para 95. Este ano ocorreu uma leve diminuição, tendo agora 92,3 casos e ocupando a 10ª posição de menor morbidade. No recorte de mortalidade, a Bahia ocupava a 7ª posição de menor índice em 2019, tendo 15,3 mortes por grupo de 100 mil habitantes. Agora está na 11ª posição, alcançando 15,44 de mortes.
No recorte de municípios, Salvador é a 3° capital do Nordeste com menor registro de internações, alcançando 62,9 para cada 100 mil habitantes e ficando atrás de São Luís (MA) e Recife (PE). “Salvador tem um desempenho até bom. É uma das capitais que vai caminhando há várias edições do ranking que tem taxas de morbidade nos transportes mais baixas comparada a outras capitais. Salvador só tem taxas mais elevadas que Manaus, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba, Florianópolis e São Luís. As demais capitais vão ter taxas de morbidade mais elevadas que Salvador”, explica Pedro Trippi. Os dados de morbidades consideram municípios acima de 80 mil habitantes.
A avaliação é baseada em casos com vítimas fatais, ferimentos ou doenças agravadas por acidentes nos estados e municípios e reforça a campanha Maio Amarelo, que chama atenção para os acidentes no trânsito.
Os dados foram buscados pelo DataSUS. No Nordeste, o índice aponta que 42,2% dos 90 grandes municípios da região alcançaram mortalidade no trânsito acima de 20 casos por 100 mil habitantes, que é um número muito elevado. Já o pior estado da região no índice de internações foi o Piauí, que registrou 171,4 casos por 100 mil habitantes.