Deputado Robinho dá sinais de saída da base aliada de Rui Costa na ALBA ao defender colega da oposição; “É ditadura”?

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Deputado Robinho dá sinais de saída da base aliada de Rui Costa na ALBA ao defender colega da oposição; “É ditadura"?

Por Ronildo Brito

Menos de 48 horas após fazer críticas ao governador Rui Costa (PT) e sair em defesa do colega Paulo Câmara (PSDB), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o deputado estadual Carlos Robson ‘Robinho’ (PP) viu, de uma canetada só, 10 indicações suas para Ciretrans, Adab e Sine da região extremo sul serem exoneradas.

O deputado pepista, que é ex-prefeito de Nova Viçosa, cidade que hoje é governada por sua esposa Luciana Machado, se indignou com a avaliação do chefe do Executivo estadual, de que o tucano Paulo Câmara devia ser levado ao Conselho de Ética da ALBA por quebra de decoro parlamentar ao afirmar nas redes sociais e à imprensa, que o governo da Bahia segue em curso com uma política de reajuste de preço do ICMS através da alteração na base de cálculo.

“O que eu acho muito engraçado, na realidade, é que para o governador o parlamento não serve para nada, ele não respeita os deputados, não tem consideração nem pelo os da base. Os deputados de oposição ao governador respeitam mais do que os próprios da base. Eu, quando fui prefeito, queria ter tido uma oposição igual a esta que Rui tem na Bahia… E quando questiona uma coisa ele fica nervosinho, pedindo para abrir Conselho de Ética para o cara, o que é isso, é ditadura?”, questionou Robinho.

A imprensa especializada soteropolitana, no entanto, confirma que não foi a saída em defesa do deputado da Oposição que irritou sobremaneira o governador e políticos do seu entorno, mas o que pesou particularmente na decisão de acabar com a ‘cota’ de Robinho em compensação ao seu desempenho eleitoral foi o fato do parlamentar ter sugerido como contrapartida para abertura de Comissão de Ética contra o parlamentar do PSDB na ALBA a abertura de duas CPIs em desfavor de Rui Costa na Casa.

A primeira CPI seria para apurar se a retenção das emendas parlamentares seria resultado de retaliações políticas do governador da Bahia contra parlamentares de sua base e da oposição que fazem críticas eventuais a um ou outro ato de sua gestão. Pelo que se sabe o governador não faz o repasse dos valores a que os parlamentares têm direito constitucionalmente, para usar em suas bases, desde a primeira gestão do petista (2014-2018).

Segundo o site OffNews a segunda sugestão de CPI é mais problemática e poderia colocar o governador da Bahia em maus lençóis. O pedido para apuração da compra feita pela gestão Rui Costa no Consórcio do Nordeste e que teria provocado um prejuízo de R$48 milhões aos cofres públicos.

No mês de Julho, a Revista Veja teve acesso ao depoimento de Costa à Polícia Federal, que, ao ser questionado sobre o suposto esquema, disse não ter tido conhecimento da transação e explicou ao delegado da PF que o interpelava, que não é função do governador ficar olhando todo dia a página de compras do estado.

Resposta

Procurado, Robinho (PP) confirmou apenas que suas indicações foram exoneradas. Ele prometeu emitir, em breve, um comunicado tratando do assunto.

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