O município de Itamaraju foi um dos territórios mais castigados pelas chuvas de dezembro de 2021 no Estado da Bahia, onde 1300 famílias foram afetadas e desalojadas, ruas destruídas em toda parte da cidade e dos distritos. No final do ano passado, na aprovação da LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada pelas Câmara Municipais, os vereadores do município vizinho de Jucuruçu, por exemplo, também destruído pelas enchentes, concederam 80% de suplementação à gestão municipal. Em Teixeira de Freitas, onde o prefeito enfrenta uma oposição acirrada no legislativo, o parlamento lhe concedeu 50% de suplementação e na maioria dos municípios baianos, as Câmaras concederam 100% de suplementação aos prefeitos.
Em Itamaraju, no último dia 28 de dezembro, ao votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que estabelece quais serão as metas e prioridades para o ano seguinte e que fixa o montante de recursos que o governo municipal pretende planejar as despesas, regulamenta as transferências e disciplina o equilíbrio entre as receitas e as despesas, 08 dos 15 vereadores, que resolveram romper politicamente com o prefeito Marcelo Angência (PSDB) em pleno desastre natural, decidiram votar na LDO sem a concessão da suplementação que autoriza o gestor a remanejar recursos em favor da reconstrução da cidade e a direcionar o dinheiro que está recebendo dos governos estadual e federal em favor das vítimas das enchentes.
Segundo o prefeito Marcelo Angênica, a não concessão da suplementação de verbas à gestão municipal está implicando na assinatura de contratos de execução de serviços, em obras de recuperação de ruas, pontes e estradas e, principalmente de investir os recursos oriundos do governo em benefício das vítimas das enchentes. O prefeito Marcelo Angênica em entrevista concedida ao portal Teixeira News e à Rádio Educadora 104,9 FM de Itamaraju, disse que vai reenviar um novo Projeto de Lei ao Poder Legislativo solicitando cerca de 80% de suplementação orçamentária, na expectativa que os 8 vereadores revejam suas atitudes e desta vez, possam compadecer com a situação da população mais pobre do município, que neste momento está precisando, mais do que nunca, da ajuda estrutural e humanitária do poder público e, assim sendo, para que o governo municipal possa ter autonomia suficiente de remanejar suas finanças e finalmente iniciar suas grandes frentes de trabalho de reconstrução do município.
