Embora se dê como líquido e certo que o cabeça da chapa governista é o senador Otto Alencar, está tudo indicando que faltou combinar com a torcida, no caso, ele. É categórico ao descartar: – Simplesmente isso não está em meu projeto de vida.
Vou completar 75 anos agora em agosto, tenho dito e repito: eu quero é o Senado.
Ele diz que não conversou com nenhum partido da base aliada do governo, nem PP, nem PSB, nem PCdoB, nem PT e nem nenhum outro:
– Sabe por que eu não conversei? Porque não sou candidato ao governo. Não me preparei para isso.
O preço – Otto fechou o papo aí, mas a amigos tem dito que se preparar para isso significa também forrar o caixa para aguentar o tranco de tornar-se o desaguadouro natural das cobranças de sete partidos da base aliada.
Ele já foi ‘sondado’, mas desde sempre está com o mesmo discurso. Para além do intenso desgaste que o cargo de governador impõe, com agenda pesada todo dia o dia todo, ainda tem o lado da grana. Correr atrás seria uma agonia. Ou arriscar-se numa velhice endividada.