Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez ataque em rede social após colunista, que foi vítima da ditadura, afirmar que mandatário é inimigo confesso da democracia
Uma publicação em rede social do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), debochando da tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão, colunista do Globo, durante a ditadura militar, provocou uma onda de repúdio. As informações são da Folha PE.
O comentário foi feito em sua conta no Twitter, na tarde deste domingo, em resposta a uma postagem em que a jornalista afirmou queJair Bolsonaro (PL) é um inimigo confesso da democracia. O filho do presidente escreveu: “Ainda com pena da cobra”, numa referência a um dos métodos empregados pelos torturadores da jornalista.
O senador Randolfe Rodrigues(REDE-AP) considerou o comentário covarde e asquerosoe “reflete o que essa família é”. O também senador Alessandro Vieira(PSDB-SE) escreveu que o ataque grosseirocontra a jornalista visa desviar a atenção de problemas comofome, miséria e casos de corrupção. “A estratégia dos Bolsonaros é clara: usar falas polêmicas para desviar a atenção”, afirmou o parlamentar.
O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) classificou o deputado como um “monstro”. A ex-deputada Manuela D’Ávila afirmou “que ele debocha do Brasil e de nossas instituições”.
Professora Dayane Pimentel, deputada federal (União Brasil-BA), escreveu que Míriam Leitão pode ter escolhas políticas diferentes das suas, mas isso é democracia. “Mas Eduardo Bolsonaro ameaçar, xingar e desrespeitar a mim, a ela ou a qualquer outra mulher só mostra o vil que é. Família Bolsonaro é perseguidora de quem não se curva”, escreveu a parlamentar.