Almir Zarfeg lança seu novo livro e desta vez é o romance “Estação 35”

O romance de Almir Zarfeg nasceu inspirado no documentário longa-metragem “De uma Ponta à Outra” do jornalista Athylla Borborema

HTML tutorial

Almir Zarfeg lança seu novo livro e desta vez é o romance “Estação 35”

Por Fabiene Rodrigues Sobrinho

O jornalista e poeta Almir Zarfeg lançou na noite desta segunda-feira (13/12) na sua cidade natal “Itanhém”, o seu novo livro e o seu primeiro romance que trata-se da obra “Estação 35”, que vem a público com o selo paulista da Lura Editorial. Ao estrear na narrativa em 2021, Almir Zarfeg mata dois coelhos com uma cajadada: celebra os 30 anos de sua trajetória literária, iniciada com o livro de poemas “Água Preta” de 1991, e ainda por cima homenageia a EFBM – Estrada de Ferro Bahia Minas, que durante 85 anos transportou os moradores e o progresso pelas regiões do extremo sul baiano e nordeste mineiro. O romance também será lançado na noite da próxima sexta-feira (17/12) na sessão solene da ATL – Academia Teixeirense de Letras.

A “Baiminas” – como é lembrada pelos saudosistas – permaneceu em atividade até 1966, quando foi desativada pelo presidente-general Castelo Branco. Outras tantas estradas de ferro foram desativadas no país durante o regime militar. O ano de 2021 marca, portanto, os 55 anos da desativação da saudosa Maria Fumaça e os 140 anos da inauguração dela ainda no 2º Império. O romance de Almir Zarfeg nasceu inspirado no documentário longa-metragem “De uma Ponta à Outra” do jornalista Athylla Borborema.

Mas é preciso destacar que o romance é uma narrativa leve e “de aventura”, como aparece no subtítulo da obra, tendo como pano de fundo os 578 Km de trilhos e a pandemia do coronavírus. Em primeiro lugar, Almir Zarfeg mistura ficção com realidade, partindo do presente para o passado e não o contrário. Logo, não se trata de um romance histórico, como algumas pessoas podem pensar à primeira leitura. Na verdade, presente e passado se misturam para contar a saga da locomotiva que, durante mais de oito décadas, ligou o extremo sul da Bahia (Caravelas) ao médio Jequitinhonha (Araçuaí), beneficiando localidades que se transformariam em municípios relevantes do Vale do Mucuri, como Nanuque, Carlos Chagas e Teófilo Otoni. Finalmente, sertão e mar haviam se encontrado – como sonhara Teófilo Benedito Otoni, o empreendedor visionário da época.

Em segundo lugar, a intenção do escritor Almir Zarfeg é mesmo homenagear a “velha e boa” estrada de ferro que, passados tantos anos após o encerramento das suas atividades, segue inspirando artistas – com seus poemas e canções; bem como estudiosos – com suas monografias e manifestos. No fundo, mesmo quem não vivenciou os tempos áureos da Maria Fumaça sente saudade dela.

Almir Zarfeg lança seu novo livro e desta vez é o romance “Estação 35”

Através de uma linguagem simples e de uma narrativa ágil, “Estação 35” nos conduz ao vaivém do Trem do Adeus, misturando presente e passado, fotografando emoções e imortalizando saudades. Assim acompanhamos as peripécias da Operação Abrolhos que, com a desculpa de tentar localizar um chinês de máscara, revisita estação por estação e incendeia a trama. E está dada a largada providencial.

Se Almir Zarfeg pretendia nos emocionar com um livro leve e divertido, marcado pela aventura, pelo suspense e pela ironia, conseguiu seu intento. E nós, seus leitores, conseguimos matar a saudade de uma época marcante com seus personagens e conquistas. Seus equívocos colossais também. Conseguimos, enfim, nos divertir viajando no trem da história. Ou seria no trem da verossimilhança?

O romance “Estação 35” de Almir Zarfeg será lançado na sessão festiva final de 2021 da ATL a partir das 19h desta sexta-feira (17/12), no plenário da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas. Na mesma noite o presidente da ATL, jornalista Athylla Borborema estará lançando o livro biográfico “Frans Krajcberg: o poeta da árvore”, de 450 páginas, que demorou 5 anos para ficar pronto e será apresentado como parte no Brasil das últimas comemorações ao centenário do artista plástico e escultor Frans Krajcberg. O jornalista Athylla Borborema acompanhou o percurso do biografado desde 1989 e manteve uma interlocução pessoal com o artista durante seus últimos 17 anos de vida.

Magazine Luiza doa dois mil itens para vítimas das enchentes na região

Magazine Luiza doa dois mil itens para vítimas das enchentes na região

Consórcio Construir passa atuar na limpeza e desobstrução de ruas e estradas dos municípios do extremo sul

Consórcio Construir passa atuar na limpeza e desobstrução de ruas e estradas dos municípios do extremo sul