O sargento da Polícia Militar, Adeilton Rodrigues D’Almeida, que foi atingido durante a troca de tiros em um hotel de Itajuípe, região sul da Bahia, afirmou que foi baleado pelos agentes de Segurança Pública mesmo falando que era PM. O caso acabou vitimando o subtenente Alberto Alves dos Santos, na noite de terça-feira, 27.
“Saímos para jantar à noite, depois retornamos para o hotel. Liguei a TV um pouco e tomei banho e estava muito cansado e não demorei para dormir. Acordei com barulho de tiro, fui alvejado duas vezes. Os policiais entraram, quebraram a janela e a porta. Eu gritei que era polícia e me alvejaram mais três vezes. Disse que era polícia e não me deram socorro. Saí me arrastando até a porta do quarto, fiquei sangrando”, disse o sargento.
O sargento fez a declaração através das redes sociais do Capitão Prado, em cima de uma maca onde está internado, no Hospital Regional de Itabuna. Adeilton disse ainda, que foi ameaçado de morte por um policial que estava conduzindo a ação e que a sua arma foi disparada várias vezes dentro do quarto por terceiros.
“Dizendo que sabia quem eu era. Depois de uma hora me conduziram na viatura, de forma hostil, policial falando comigo, para eu ficar quieto e disseram que fizeram vários disparos com minha arma. Pegaram minha arma. Eles mesmos dispararam e depois me trouxeram para o hospital, nem me ajudaram a sair da viatura, eu com fratura exposta”, disse.
Nesta quarta-feira, 28, o Comando Geral da Polícia Militar enviou uma equipe da sua Corregedoria para a cidade de Itajuípe para investigar o confronto, que aconteceu na área interna de um hotel. A justificativa é que a fuga de um assaltante de banco originou a ocorrência, que resultou em uma perseguição pela região Sul da Bahia.
“Lamentamos o confronto. Estamos solidários às famílias e a determinação é que toda a ocorrência seja esclarecida. As armas foram recolhidas e o local do confronto preservado para a realização de perícia”, declarou o comandant-geral da PM, coronel Paulo Coutinho.