O governo de Jair Bolsonaro, por meio da Advocacia Geral da União (AGU), apresentou neste sábado, 19, um recurso para impedir o bloqueio do popular aplicativo de mensagens Telegram, determinado na sexta-feira por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Alexandre de Moraes ordenou que a Agência Nacional de Telecomunicações e as operadoras de internet suspendam de forma completa e integral a operação do Telegram em todo o território brasileiro, considerando que a empresa descumpriu reiteradamente ordens judiciais que buscavam combate a desinformação e não coopera com as autoridades na repressão de outros crimes.
Em seu recurso encaminhado a outro ministro do STF, o procurador-geral da União, Bruno Bianco, argumentou que a medida seria desproporcional.
Na tentativa de agir contra “poucos investigados, prejudica todos os milhões de usuários do serviço de mensagens”, muitos dos quais o utilizam para sua “subsistência”, argumentou em seu pedido, divulgado neste sábado.
Na manhã deste sábado (19), o aplicativo ainda estava funcionando, embora operadoras de telefonia móvel como a TIM já estivessem avisando seus clientes por SMS que o aplicativo seria bloqueado a partir de segunda-feira.
Bolsonaro, que tem mais de 1 milhão de seguidores e vários grupos de apoio no Telegram, chamou a suspensão de inadmissível e disse que ameaça a liberdade dos brasileiros.