Justiça nega liberdade ao marido acusado de matar esposa médica no ES e juiz converte a prisão em preventiva

A Justiça de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, negou a liberdade provisória ao ex-prefeito de Catugi-MG., Fulvio Luziano Serafim e ao motorista Robson Gonçalves dos Santos. Os dois foram presos em flagrante acusados pela morte da Juliana Pimenta Ruas, no último fim de semana em um hotel da cidade. Os dois estão presos no Centro de Detenção Provisória do município.

Pai, vítima e o marido que está preso

Em audiência de custódia realizada na manhã desta segunda-feira (4), o juiz João Carlos Lopes Monteiro Lobato Fraga ouviu o suspeito do crime por meio de videoconferência e converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva.

Na decisão, o juiz afirma que consta nos autos de prisão “que uma viatura foi acionada com informações da ocorrência de um homicídio em um hotel da cidade e que durante a madrugada recebeu reclamações de outros hóspedes acerca de barulho vindo do quarto da vítima”.

A defesa do ex-prefeito tentava um relaxamento da prisão, mas o juiz entendeu haver indícios suficientes de autoria havendo, justa causa para a decretação da prisão preventiva.

A médica Juliana foi encontrada morta em um quarto de hotel em Colatina. As circunstâncias do crime estão sob investigação e envolvem relatos conflitantes entre Fulvio e Robson. Enquanto Fulvio alega que sua esposa desmaiou após passar mal, Robson afirma ter sido chamado ao quarto para ajudar a vítima que havia caído no banheiro.

“Minha filha foi torturada até a morte”, diz pai da médica

O médico cirurgião, Samir Sagi El-Aouar, que é ex-prefeito e ex-vereador de Teófilo Otoni-MG., falou sobre o assassinato da filha dele, a psiquiatra Juliana Pimenta Ruas El-Aouar, de 39 anos, em um quarto de hotel na cidade de Colatina. Ele disse que a filha foi torturada até a morte.

“Nós estamos arrasados, pensar que uma filha, de 39 anos de idade, médica psiquiátrica, com o futuro todo pela frente, uma filha maravilhosa, um amor de pessoa e é submetida a uma tortura, pois o que aconteceu com ela foi tortura durante a noite toda. Houve taumatismo cranioencefálico em dois locais da cabeça, machucou o estômago, a traqueia e o esôfago dela. Minha filha foi torturada até a morte. Mais um feminicídio neste pais, que eu espero, que se Deus quiser, não vai ficar impune”, desabafou.

“Ele (Fulvio) já vinha batendo nela algumas vezes, dizendo que ela tinha caído dentro de casa, todo dia um olho roxo, uma cicatriz de sete centímetros na região frontal. Tudo isso já vinha acontecendo e ela querendo sair do casamento e ele ameaçando para ela não sair, pois ele não aceitava a separação”, disse Samir.

“Ele programou o que ele fez. Tirou minha filha da minha vida. Amigos, parentes e conhecidos, todos nós estamos sofrendo hoje demais, pelo que ele fez. Não tem justificativa, mais um feminicídio, eu acho que o nosso país tem que acabar com essa matança de esposas, de namoradas, porque isso é um absurdo”, falou

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