A comunidade de Itanhém, permanece dolorosa após o trágico acidente que tirou a vida de Reynan Neves Santana, de apenas 2 anos. A mãe do menino, Maria Luiza da Silva Neves, que pilotava a motocicleta envolvida no acidente, falou na manhã deste domingo (08/12) sobre a perda devastadora e as circunstâncias do ocorrido, que aconteceu na manhã deste último sábado, dia 07 de dezembro, na conhecida “Ladeira do Tatu”, na região da Vila São José, zona rural do município.
Maria Luiza relatou que tentou ultrapassar um caminhão em meio a uma estrada coberta de poeira, mas o motorista teria realizado uma manobra perigosa, forçando-a a desviar. “O caminhão estava subindo e tinha muita poeira. Aí, eu esperei dar um espaço para ultrapassar, mas, quando eu fui, ele jogou o caminhão para cima de mim. Eu fui para o canto, a moto escorregou e eu só lembro da queda. Quando levantei, meu filho já estava morto”, disse, ainda muito abalada.
O motorista do caminhão fugiu do local sem prestar socorro às vítimas, o que intensificou a revolta da família e dos moradores da região. Maria Luiza sofreu ferimentos leves, foi atendida no Hospital Municipal Maria Moreira Lisboa e recebeu alta no mesmo dia. No entanto, a dor emocional pela perda de seu filho único é insuportável. “Só machuquei a perna, o tornozelo e a cintura, mas o corpo está todo dolorido. Meus ferimentos não foram tão graves como a dor de perder meu anjinho. Minha vida acabou”, lamentou.
O pequeno Reynan Neves Santana foi sepultado neste domingo, no cemitério municipal de Itanhém, em meio a forte comoção. Familiares, amigos e moradores compareceram ao funeral, prestando solidariedade à mãe e clamando por justiça. A Polícia Civil informou que está conduzindo as investigações para identificar o motorista do caminhão e esclarecer os detalhes do acidente.
A tragédia reacendeu discussões sobre a segurança em estradas rurais e a impunidade em acidentes de trânsito. “É inadmissível que um motorista cometa um ato tão irresponsável e fuja sem prestar ajuda. Algo precisa ser feito para evitar mais tragédias como essa”, comentou um parente da vítima.
