Investigações da Polícia Civil e Polícia Federal asseguram que o menor apontado como autor do massacre que resultou na morte de quatro pessoas e ferindo outras 13, em uma escola no município de Aracruz (ES), em 25 de novembro de 2022, participava de um grupo neonazista.
Segundo apurou o jornal A Tarde, mensagens encontradas no celular do menor revelaram o grupo em que era compartilhado material de Extremismo Violento Ideologicamente Motivado (EVIM) com divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas, o que pode ter induzido o menor a cometer os assassinatos em massa.
O uso da cruz suástica na vestimenta do menor no momento do ataque demonstra a influência de ideologia neonazista recebida pelo grupo de aplicativo, reforçando a tese de que o atentado foi cometido por razões de intolerância a raça, cor e religião com o fim de provocar terror social, o que configura o crime de terrorismo.
Na manhã desta sexta-feira (2), a Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Linhares (ES) contra integrantes de grupo neonazista constituído em aplicativo de mensagens.
As medidas são cumpridas na cidade de São Paulo (SP) e Petrolina (PE). Se somadas, as penas máximas dos crimes investigados atingem 72 anos de reclusão, lembrando que tanto o crime de terrorismo quanto o de homicídio qualificado são considerados hediondos pela legislação.