MST volta a ocupar o prédio da Prefeitura Municipal de Itamaraju

Por melhorias nos assentamentos agrários do município de Itamaraju, o MST ocupou nesta quarta-feira (09/02/, o prédio da Prefeitura Municipal com cerca de 200 pessoas. Eles dizem que só sairão do prédio quando o prefeito os receber. A direção do MST – Movimento dos Sem Terra, disse que os trabalhadores rurais sem terra reivindicam políticas públicas para áreas de assentamento e acampamento no município e especifica os pedidos do grupo, que busca melhorias nas áreas de educação, saúde e infraestrutura, assim como a contratação de profissionais nessas áreas.

O MST alega que uma pauta discutida com o prefeito em novembro de 2021 ainda não foi cumprida, além de uma pauta parada desde 2017 e uma outra por ocasião de uma ocupação anterior à sede administrativa da Prefeitura de Itamaraju em 29 de janeiro de 2019, e alegam que com as chuvas do último mês de dezembro, pontes caíram, escolas foram destruídas e as estradas precisam de manutenção.

Governo Municipal

Na tarde desta última quarta-feira (09), o secretário Municipal de Administração de Itamaraju, Léo Oss, se reuniu com a direção do MST e explicou que a pauta do município com o movimento, discutida e ajustada em novembro de 2021 permanece no cronograma de atendimento, mas ninguém previa que logo no início do mês seguinte, o município de Itamaraju fosse ser alvo do maior desastre ambiental da história que destruiu, pontes, estradas, escolas, prédios públicos, imóveis residenciais, onde 1.300 famílias foram afetadas e desalojadas, ruas destruídas em toda parte da cidade e dos distritos.

O secretário Léo Oss disse que a administração municipal precisa de 6 meses para reconstruir o município e para isso está buscando recursos do governo federal e do Estado, porque sozinho o município não tem condições e que Itamaraju precisa da compreensão do MST para que a sua pauta de reivindicação seja atendida de forma pontual, na conformidade que as licitações forem ficando prontas. Além disso, é importante que o movimento desocupe o prédio da Prefeitura, para o governo continuar acelerando os processos e não prejudicar as demandas da população, especialmente em favor da saúde pública e da infraestrutura, setores que atualmente estão com vários processos licitatórios em andamento.

O Prefeito

O prefeito Marcelo Angênica (PSDB), informou que só consegue sentar com a direção do MST na próxima semana, até o dia 18 de fevereiro, depois que esgotar todos os seus compromissos oficiais previamente marcados, inclusive em Salvador e Brasília. “Vou sentar sim com o MST. Sempre sentei e dialoguei com o movimento na maior tranquilidade e toda vez que sentamos, achamos uma saída para os problemas surgidos. Sempre me entendi bem com o MST e não será agora que não irei sentar. No entanto, não é preciso ocupar o prédio da Prefeitura Municipal para nos pressionar, não há necessidade disso. O momento é de compreensão e de um ajudar o outro”, explicou o prefeito.

E acrescentou: “A prefeitura não pode parar neste instante, estamos vivendo um momento de estado emergencial e tem muita coisa para ser feito e para ser licitado, para que a recuperação do município ocorra o mais rápido possível e as pessoas voltem a ter uma vida normal. Estou ciente de todas as demandas dos assentamentos agrários e vamos cumpri-las uma por uma. Não podíamos prever que sofreríamos a maior enchente da nossa história com inúmeros prejuízos. Paramos todos os nossos projetos em prol do município, para simplesmente recomeçar, para reconstruí-lo, inclusive, já estamos executando licitações que vão contemplar estradas, reconstruções de pontes, escolas, restabelecer os atendimentos médicos e a mecanização agrícola nas áreas de reforma agrária”, esclareceu o prefeito Marcelo Angênica.

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