A madrugada desta sexta-feira (2) foi movimentada em Porto Seco Pirajá, nas proximidades da agência do Banco do Brasil, com tiros e granadas de efeito moral. Três reféns ficaram sob a mira de fuzis e dois carros foram incendiados, bloqueando ruas de acesso. Após duas explosões maiores nas proximidades do caixa do banco, duas caminhonetes saíram em alta velocidade, levando malotes, perseguidas por viaturas. Foram cerca de 45 minutos de exercício para 70 policiais, durante o Simulado de Primeiras Respostas em Crimes contra Instituições Financeiras em Salvador. Outros 80 agentes participaram como espectadores.
Todas as munições usadas na ação eram de festim e as explosões coordenadas pela equipe de especialistas do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Após ser realizado nas cidades de Jequié, Jacobina, Itabuna, Itaberaba, Feira de Santana e Barreiras, a simulação na capital, que tem caráter de aprimoramento técnico e treinamento preventivo, encerra um ciclo que envolveu todas as regiões do estado.
Conforme o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho, o treinamento reduziu em 60% o número de crimes cometidos contra instituições financeiras na Bahia este ano. “Em números absolutos são 27 ataques a menos em nosso estado. Isso se dá, sobretudo, pela presença ostensiva da Polícia Militar, pelo trabalho eficaz de inteligência e também pela integração, envolvendo todas as instituições, polícias Rodoviária Federal, Federal, Civil e Corpo de Bombeiros Militar. Todo sistema de defesa está ativado para fazer frente a ocorrências desta natureza”.
A ação começou com as instruções das simulações da perseguição e prisão de assaltantes de bancos portando explosivos. O comandante regional da central de Salvador, coronel Antônio Magalhães, informou que a operação contou com uma esquematização prévia. “Nesse planejamento a gente avisou a comunidade local, a Polícia Militar fez vídeos, informou a imprensa, as empresas que funcionam no local para evitar qualquer situação que pudesse causar um susto à sociedade”. Ele destacou que simulado é importante também para que a sociedade saiba que a PM está preparada para situações adversas.
O coronel Magalhães destacou que todas as explosões foram controladas, a munição utilizada foi de festim e os especialistas do Bope ajudaram a garantir que nada saísse do planejamento. “Então, tenha certeza que foi o melhor possível, com um pessoal especialista, um pessoal preparado”.