Rádio Educadora e a saga do repórter Athylla Borborema no jornalismo da Bahia

Athylla Borborema começou sua carreira no jornalismo profissional em 1989 e passou pelas principais redações de Salvador

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Rádio Educadora e a saga do repórter Athylla Borborema no jornalismo da Bahia

A Educadora FM é uma emissora pública de rádio educativa mantida pela Associação Educadora do Movimento de Radiodifusão Comunitária de Itamaraju – Bahia. Sua frequência é 104,9 MHz e foi inaugurada em 5 de outubro de 2019 como a 5ª emissora de rádio da cidade, com uma programação musical 100% sertaneja em tributo ao município de Itamaraju que é originário da cultura sertaneja, sediando a maior população rural do Estado e que mais emprega no campo no nordeste do Brasil, por isso, nasceu com sua programação aberta para valorizar a característica musical sertaneja, além disso, abre sua programação para artistas baianos de estilos diversos, principalmente aqueles que têm pouco acesso às emissoras comerciais.

A emissora nasceu de um sonho dos jornalistas e radialistas Athylla Borborema Cardoso e José Ronildo de Souza Brito, dois filhos da terra, que oficialmente fundou em 25 de março de 2012, à Associação Educadora do Movimento de Radiodifusão Comunitária de Itamaraju, registrada em 16 de outubro de 2012. Dia 20 de novembro de 2012, o Governo Brasileiro publicou o aviso da abertura do seu canal. No dia 14 de janeiro de 2013, seis dias antes do vencimento do prazo do aviso ministerial, à Associação Educadora protocolou no Ministério das Comunicações, em Brasília, o processo que objetivava a conquista da concessão pública da Rádio Educadora FM.

Rádio Educadora e a saga do repórter Athylla Borborema no jornalismo da Bahia
Ilustrando a foto o radialista Gean Batatinha.

No dia 25 de abril de 2014, o Governo Brasileiro publicou a Portaria nº 363 aprovando o processo final para a sua concessão. E após apreciação do Congresso Nacional e da superintendência de outorga da Agência Nacional de Telecomunicações, finalmente, sete anos depois, no dia 15 de maio de 2019, por meio do Ato nº 2482, o Governo Brasileiro através do então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, publicou no Diário Oficial da União, a outorga de autorização de uso de radiofrequência à Associação Educadora do Movimento de Radiodifusão Comunitária de Itamaraju “Rádio Educadora 104,9 FM”.

Rádio Educadora e a saga do repórter Athylla Borborema no jornalismo da Bahia
Nesta foto do Estúdio da Rádio Educadora FM quem aparece é o radialista Gean Batatinha.

A estrutura técnica e visual da emissora funciona no térreo do prédio da própria emissora na Rua Equador nº 100, no alto do bairro Corujão, na zona sul de Itamaraju. Onde também estão os seus transmissores sob uma torre autorizada de 30 metros de altura. A Rádio Educadora FM, no ar 24 horas por dia, oferece aos ouvintes uma programação diversificada. Além da cobertura jornalística, a grade abrange música brasileira de qualidade, entrevistas e reportagens especiais, programas culturais, utilidade pública e serviços. De forma clara e objetiva, apresenta as demandas da sociedade, discute os interesses do município e a opinião de especialistas; a reflexão e o debate sobre os grandes temas locais, estaduais e nacionais.

Rádio Educadora e a saga do repórter Athylla Borborema no jornalismo da Bahia
Athylla Borborema no começo da sua carreira no rádio no início da década de 1990.

A saga do repórter Athylla Borborema

A Educadora nasceu de uma grande aspiração do jornalista Athylla Borborema, que em 2017 já havia concluído o seu projeto e implantado a primeira emissora legislativa do Norte/Nordeste do Brasil, a Rádio Câmara 90,9 FM de Teixeira de Freitas e também em 2019, venceu a concorrência da cidade de Itanhém, conquistando a outorga da Rádio Master 87,9 FM. Amante do rádio, dos livros e dos animais, aliás, um eterno apaixonado por gatos, sua infância e juventude foram vividas na cidade de Itamaraju. Aos 8 anos, já ajudava o pai na colheita de frutos nas lavouras de cacau. Roçou capoeira e capinou roçado quando menino, foi engraxate, pegou frete na feira livre com carrinho de mão e na adolescência, trabalhou por três anos numa loja de sapatos na Praça do Mercado. Mas o seu perfil cultural é revelado ainda na adolescência quando foi escoteiro, atuando no teatro estudantil nos palcos do Cine Teatro Orion, entregando jornais, prestando serviços em clubes de voluntariado em favor das famílias em situação de vulnerabilidade social e resgatando cães e gatos de rua.

O caminho de Athylla Borborema começa ainda na infância, ouvindo rádio, lendo os gibis de Maurício de Souza, romances de faroestes e se fascinando com a literatura de cordel nordestina sobre as histórias do cangaço. Aos 9 anos, em 1979, na 2ª série do primário, na Escola Municipal Duque de Caxias de Itamaraju, escreve sua primeira poesia, intitulada “O Mar”, apresentada em um concurso escolar de final de ano e como prêmio de primeiro lugar, ganha o livro “Meu Pé de Laranja Lima”, clássico da literatura infantil de José Mauro de Vasconcellos. Em 1993, aos 22 anos, publicou o seu primeiro livro “Amor à Paz” e a poesia “O Mar” fez parte da obra, que 25 anos depois, em 2018 foi republicada em sua 2ª edição, com 900 páginas, com direito a uma Placa Comemorativa na 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, concedida pela Editora SESC, Editora PerSe e Editora Lura, em parceria com a CBL – Câmara Brasileira do Livro.

Rádio Educadora e a saga do repórter Athylla Borborema no jornalismo da Bahia
Nos meados da década de noventa, Athylla Borborema atuava no rádio e nas redações de jornais.

As Redações de Salvador

Athylla Borborema começou a sua carreira no jornalismo profissional em 1989, como repórter policial, ainda como estudante de jornalismo da Universidade Federal da Bahia. Iniciou gravando reportagens nas ladeiras e vielas de Salvador para a Rádio Club AM (680 KHZ) do bairro de Nazaré e depois como repórter de polícia da Rádio Excelsior AM (840 KHZ), da Praça da Sé, em Salvador. Athylla Borborema foi também repórter policial do então Jornal da Bahia, fundado em 1958 e extinto em 22 de fevereiro de 1994, após 36 anos e 10.679 edições. Foi repórter e chegou a editor do também extinto Jornal Folha da Bahia de 1995 até sua extinção em 2005. Foi repórter correspondente no extremo sul baiano do Jornal Tribuna da Bahia, tradicional veículo de Salvador, fundado em 1969. No final da década de 90, foi ainda repórter correspondente na região extremo sul do A Tarde, o mais antigo jornal baiano em circulação e um dos mais velhos do Brasil, fundado em 15 de outubro de 1912.

Hoje Athylla Borborema vem se dedicando exclusivamente ao jornalismo político e cultural, a assessoria de imprensa administrativa e a literatura. Com mais de 30 livros publicados, Athylla Borborema foi talvez o maior repórter policial da história da Bahia ou ao menos da sua época, além de investigar, garimpar, redigir e apresentar o seu tradicional programa “Ronda Policial”, interpretava personagens marcantes, com pelo menos 10 papéis que transformavam a narração de qualquer tragédia em comédia, tanto que sempre foi adorado por adultos e crianças, tamanha era a popularidade do seu programa de rádio em razão das novelinhas que protagonizava usando a sua própria voz, passando a ilusão que tivessem dez pessoas dentro do Estúdio, embora só tivesse ele somente e o seu operador de mesa. Toda sua experiência adquirida no jornalismo policial é visível atualmente na literatura que produz através dos seus livros.

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No início dos anos 2000 Athylla Borborema entrevistando autoridades e artistas.
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