De fevereiro a junho deste ano foram registradas 20 pesquisas para captar a intenção de votos dos eleitores de Manaus-AM., uma média de uma pesquisa por semana. Das 17 pesquisas que tiveram seus resultados divulgados, seis foram impugnadas, incluindo a realizada pela Inquest, a primeira registrada em 2024. Além de ter a pesquisa definitivamente suspensa, a empresa foi multada em R$ 53.205,00 e está recorrendo da decisão.
Os levantamentos realizados pela EAS, contratada pela Rede Diário de Comunicação, e pela Veritá, paga pela própria empresa de pesquisa, não tiveram seus resultados divulgados.
A segunda pesquisa da Paraná, contratada pela Executiva Nacional do PL, foi retirada do PesQEle, o sistema de registro de pesquisas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode ser acessado por qualquer cidadão.
Pesquisas Eleitorais de Manaus Impugnadas
Além da pesquisa da Inquest, foram impugnadas a primeira pesquisa da Pontual e a primeira pesquisa da Direto ao Ponto, ambas de Manaus. Também foram impugnadas as pesquisas Listening, de Porto Alegre, e AtlasIntel, de São Paulo.
A primeira pesquisa da Eficaz foi a sexta impugnada. A Justiça Eleitoral acatou a ação com pedido de “tutela de urgência” movida pelo Partido Liberal e determinou a suspensão do levantamento na última terça-feira (24/6).
Na ação que pede a suspensão da pesquisa, o Partido Liberal alega que a pesquisa está “contaminada por vícios insanáveis, tais como a ausência de Demonstrativo do Resultado do Exercício do ano anterior ao da realização das eleições, bem como irregularidades e inconsistências encontradas na análise dos dados internos”.
Após ser notificada, a empresa Igor Olavo Ramos Tavares/Eficaz Pesquisas e Tecnologia tem prazo de dois dias para apresentar contestação. A terceira pesquisa do Ipen está sendo questionada pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).
Empresas podem ser condenadas a pagar multa
Além das impugnações, as empresas de pesquisa que tiverem suas pesquisas suspensas em definitivo podem ser condenadas a pagar uma multa que pode variar de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00, caso sejam condenadas por fraude.
Bancos de dados de pesquisas eleitorais em análise
Esta semana, depois de reiteradas solicitações, a Pontual finalmente entregou o banco de dados em arquivo aberto para análise do Avante. No dia 3 de maio, o partido ingressou com uma ação solicitando as planilhas. A empresa foi notificada no dia 27 de maio.
No dia 1º de junho, o jurídico do partido ingressou com uma petição solicitando multa pela não entrega do banco de dados solicitado, além de multa diária não inferior a R$ 10 mil.
No dia 13 de junho, a Justiça reiterou o pedido para que a empresa disponibilizasse as planilhas e deu prazo de 24 horas para o cumprimento. A Pontual foi intimada no dia 17 de junho e somente na quinta-feira (20/6) cumpriu parcialmente a determinação judicial.
A Pontual entregou apenas o banco de dados com a quantidade de respondentes (eleitores) por variáveis de controle, mas não entregou o banco de dados com as respostas de cada um dos 1.066 entrevistados, necessário para que os cruzamentos possam ser feitos e checados.
A 100% Cidade disponibilizou o banco de dados, que agora está sendo analisado pelo jurídico do partido, assim como o banco de dados da segunda pesquisa Eficaz. Ainda estão sendo aguardados os bancos de dados da RealTime Big Data e da segunda pesquisa Ipen.
Pesquisas Paraná e Quaest não foram contestadas
O Partido Liberal também solicitou o banco de dados da primeira pesquisa registrada pela Paraná Pesquisa, de Curitiba (AM-05496/2024), em 16 de abril e paga pela própria empresa, e o Avante, os dados da Pesquisa Quaest, encomendada pelo portal RealTime1 e registrada no dia 14 de maio. Nenhuma inconsistência foi encontrada nesses dois levantamentos. (Fonte: RealTime01)