O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, aceitou o pedido para que o Ministério da Defesa forneça o relatório sobre auditoria em urnas no primeiro turno das eleições.
No documento, está constatado, segundo três generais, que não houve fraude nas urnas no dia 2 de outubro, mas o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que já fez inúmeras ilações ao sistema eleitoral, disse que os militares “precisam se esforçar mais”, porque os resultados obtidos “não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto”.
Autor do pedido, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado justifica que é o papel do TCU “assegurar o princípio da publicidade e da transparência dos atos administrativos” e que a Constituição Federal só admite sigilos “em raras hipóteses, uma delas quando a informação seja imprescindível à segurança do Estado”.
“Neste caso [do relatório sobre as urnas eletrônicas], é a segurança do Estado que sairá fortalecida com a divulgação de tais informações”, disse o subprocurador-geral em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
A investigação dos militares contou com a avaliação de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos.
No primeiro turno, disputado no dia 2 de outubro, Jair Bolsonaro (PL) ficou com segundo lugar, com 43,20% dos votos, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve 48,43%.