A batalha contra a Covid-19 continua e acaba de ganhar mais um aliado: a vacina bivalente da Pfizer. A primeira remessa do imunizante, um total de 840 mil doses, começou a ser distribuída na Quarta-feira de Cinzas pela Secretaria de Saúde do Estado e chega a partir desta segunda-feira (27) aos postos de vacinação dos 417 municípios na Bahia.
Isso significa mais alternativas de proteção para os baianos. Nesta primeira fase, porém, as doses serão destinadas para o público de 70 anos ou mais, imunocomprometidos, pessoas com mais de 12 anos que vivem em instituições de longa permanência, além dos trabalhadores desses locais, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Para a imunização de todos os grupos prioritários da Bahia será necessário um volume de cerca de 4 milhões de doses bivalentes. Quem afirma isso é a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Vânia Rebouças. De acordo com ela, para a primeira fase, são esperadas 1,2 milhão de doses. Além das 840 mil doses já distribuídas, o restante deve ser recebido nos próximos dias. A capital baiana, por exemplo, já recebeu 105.588 unidades, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS).
A partir do dia 6 de março, a segunda etapa deve entrar em vigor, atingindo também o público com mais de 60 anos. Já a terceira fase está programada para acontecer a partir do dia 20 do próximo mês, quando espera-se que todos os municípios já incluam gestantes, puérperas, população privada de liberdade, profissionais da saúde e do sistema prisional.
A coordenadora reforça, no entanto, que para receber a bivalente é necessário, além de fazer parte do público-alvo da fase, ter sido imunizado com pelo menos duas doses monovalentes e respeitar o intervalo de quatro meses desde a última imunização. Para os mais otimistas da nova vacina, Vânia alerta: não há a expectativa de um cenário em que as versões atualizadas do imunizante substituam integralmente as monovalentes.
“Vamos dar continuidade a elas, que são tão boas quanto as bivalentes e conferem proteção. Afinal, se não protegessem, nós não teríamos tido a oportunidade de ter o Carnaval que tivemos”, diz.