A Polícia Federal (PF) revelou que falsos médicos pagavam até R$ 400 mil por diplomas de faculdades de medicina. Ao menos 65 registros foram obtidos no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, todos com base em documentações falsas.
A quadrilha usava papel de qualidade e reproduzia elementos com a logo das instituições de ensino superior do país. A maioria dos registros fraudados eram da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
“Todos os documentos recebidos pelo Cremerj não foram emitidos ou assinados pela universidade e são ilegítimos”, disse a Uneb, em nota enviada após a publicação de matéria do Fantástico.
Os compradores dos materiais falsos se passavam por estudantes formados e conseguiam empregos em prefeituras de diferentes cidades. Os criminosos também usavam e-mail falso para enviar o diploma quando o mesmo era solicitado por órgãos ligados com a prática da medicina no Brasil.
O Conselho Federal de Medicina disse para a publicação que vai criar novos protocolos para checagem de documentação. Já o Cremerj destacou que as fraudes foram descobertas por uma funcionária, após avaliação dos documentos falsos.