O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu a prisão em flagrante do ex-deputado Roberto Jefferson em prisão preventiva, que não tem prazo para deixar de vigorar. Com isso, a saída de Roberto Jefferson da prisão depende de uma nova decisão judicial.
Na decisão da prisão preventiva, Moraes afirmou que, após ter sido verificado que Jefferson tem um vasto arsenal de armas e munição, a detenção dele é necessária para a garantia da ordem pública.
“Conforme já destacado, o preso se utilizou de armamento de alto calibre (fuzil 556), para disparar uma rajada de mais de 50 (cinquenta) tiros, além de lançar 3 (três) granadas contra a equipe da Polícia Federal. O cenário se revela ainda mais grave pois, conforme constou do auto de apreensão, foram apreendidos mais de 7 (sete) mil cartuchos de munição (compatíveis com fuzis e pistolas)”, escreveu o ministro.
O ex-parlamentar é réu em ação onde são investigados atos anti-democráticos. No âmbito desse processo, Roberto Jefferson esteve preso em Bangu 8 entre agosto do ano passado e janeiro deste ano. Desde então, ele estava em prisão domiciliar. Seu retorno a uma unidade penitenciária foi determinado pelo STF por descumprimento de medidas cautelares. Entre outras determinações, ele estava proibido de postar nas redes sociais. Na sexta-feira, 21, em vídeo publicado na internet, Roberto Jefferson ofendeu a ministra Cármen Lúcia.