Teixeira: Morre “Chico do IML” após duas décadas de serviços prestados à Polícia Científica

Durante sua atuação na Polícia Científica, Chico do IML recebeu diversas menções de elogios de peritos criminalísticos, médicos legistas e da direção da Polícia Técnica.

SONY DSC

Faleceu na manhã deste sábado (20/07), em um leito do Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, o servidor público municipal José Francisco Rocha de Araújo, conhecido popularmente como “Chico do IML”, aos 63 anos. Chico vinha enfrentando problemas de saúde, que resultaram em parte de seu corpo imobilizada devido a problemas na coluna e diversas outras comorbidades clínicas que lhe abateram a partir de 2019.

Chico era uma figura conhecida e respeitada nos 13 municípios do baixo extremo sul da Bahia e em especial, na comunidade teixeirense. Seu conhecimento técnico e dedicação ao trabalho eram notáveis, mesmo sem uma formação educacional científica, ele se destacou no resgate de corpos em condições desafiadoras e na realização de necropsias, sempre com um atendimento zeloso e preciso que deixou uma marca indelével, tanto que ao longo da sua atuação recebeu diversas menções de elogios dos peritos criminalísticos e médicos legistas que auxiliou, bem como da direção da Polícia Científica.

Desde que ingressou aos quadros do Instituto Médico Legal (IML) de Teixeira de Freitas em julho de 1999, Chico dedicou-se incansavelmente à remoção de corpos, independentemente das circunstâncias das mortes. Durante muitos anos, ele trabalhou sozinho, recebendo apenas a ajuda esporádica de servidores da Polícia Judiciária e supriu em outras épocas a falta de peritos técnicos e criminalísticos nos quadros do DPT. Notadamente numa ocasião em que não havia equipamentos de segurança adequados, Chico já enfrentava desafios ao remover corpos de locais de difícil acesso, como rios, mares, barrancos, vales, morros, pedreiras e rodovias.

Em reconhecimento aos seus serviços prestados a Polícia Científica, a Câmara Municipal de Teixeira de Freitas concedeu a ele o título de “Cidadão Honorário”. Ele também foi reconhecido em vida pela sua humanidade, pois ajudava famílias carentes, garantindo enterros dignos para seus entes queridos. Chico, era um homem simples e exemplar, enfrentou muitas dificuldades, doenças e o esquecimento. Mas seu legado deixado de um serviço prestado por mais de duas décadas à comunidade regional será lembrado por todos aqueles que com ele conviveram.

TJD mantém perda de mando de campo contra a Seleção de Itamaraju

Pré-candidata a vereadora de Itamaraju procura a polícia e denuncia agressões de ex-companheiro