Da Floresta ao Progresso: Teixeira de Freitas completa 39 anos na posição de 8ª maior cidade da Bahia

39 anos: A exploração da madeira na década de 70 foi o advento econômico principal que impulsionou a criação de Teixeira de Freitas e hoje é símbolo de resiliência como polo econômico sustentável da mesorregião.

Da Floresta ao Progresso: Teixeira de Freitas completa 39 anos na posição de 8ª maior cidade da Bahia

O município de Teixeira de Freitas chega-se ao seu 39º aniversário de emancipação político-administrativa em 9 de maio de 2024 com uma população aproximada de 170 mil habitantes, figurando como a maior cidade dentre os 21 municípios da região administrativa do extremo sul baiano e a 8ª maior dentre as 417 do Estado da Bahia. Um povoamento que ganhou ascensão com o advento da exploração da madeira no final da década 60 e início de 70.

Aliás, foi em 22 de abril de 1973 que a Rodovia BR-101 foi concluída e inaugurada no povoado de Teixeira de Freitas e, a partir daí a localidade recebe a instalação de grandes serrarias e madeireiras, quando os representantes destas firmas conseguem convencer os fazendeiros a vender suas madeiras de lei e apesar deste advento econômico, uma grande quantidade de terra continuava coberta pela floresta, qualquer pessoa com visão de futuro podia perceber que dentro de poucos anos, toda aquela beleza nativa estaria destruída.

Bastava avaliar o ritmo das derrubadas que estavam acontecendo principalmente no baixo extremo sul, ao som do machado e do moto serra, quando uma quantidade abundante de árvores era posta ao chão diariamente, tudo isso, em função da corrida desenfreada pela busca da Peroba, Cedro, Macanaíba e do Jequitibá, após a derrubada vinha o fogo que comandava a destruição da fauna, da flora e de todo o ecossistema da nossa região.

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Dentre as serrarias que se instalaram em Teixeira de Freitas na ocasião, estavam a Divilam Vitória, Espiritossantense, Trevo, Japira, Centro Sul, Masul, Inaiá, Guararema e Colorado. Os fazendeiros não se preocuparam em nenhum momento em deixar uma reserva ambiental em suas propriedades, pois, eles queriam eram exatamente as matas.

A terra coberta pela mata sofria o processo de derrubada ao máximo e, uma vez a área limpa, era utilizada posteriormente para plantios de roças de cereais e principalmente do plantio do capim colonião para criação de gado, que representava poder e riqueza dos fazendeiros. Tanto que em 1973 a COOPIMISTA – Cooperativa Mista Agropecuária do Extremo Sul da Bahia, teve sua sede regional transferida do distrito de Posto da Mata, em Nova Viçosa, para o povoado de Teixeira de Freitas.

Para ilustrar a importância da madeira na região do baixo extremo sul baiano, fica registrado os carregamentos de madeira no Porto de Caravelas, madeiras essas que nos tempos imperiais, antes da Proclamação da República, começaram a circular nos trens em direção a um porto às margens do Oceano Atlântico através dos trilhos da EFBM – Estrada de Ferro Bahia-Minas, que esteve a todo vapor para transportar madeira, café e todo tipo de mercadorias, fomentar o comércio e acelerar o desenvolvimento da região.

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Mas a história durou pouco, somente oito décadas e meia. O transporte ferroviário deixou saudades na população, a Maria Fumaça da Bahia-Minas deu seu último apito em 30 de maio de 1966, um tempo bom que muita gente teve o privilégio de vivenciar um pouco desse momento marcante na história regional e que muito contribuiu para o desenvolvimento de Teixeira de Freitas. (Por Domingos Cajueiro).

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